sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Hoje fui ao teatro ver...

Recordar é Viver
"A peça retrata o cotidiano da classe média carioca. No centro da trama, a vida do filho caçula, dramaturgo frustrado, já com mais de trinta anos, vivendo às custas – e na casa - dos pais; e a mobilização da família, e da namorada Bruna em torno dessa situação. Henrique é nitidamente o preferido do pai, que tolera a situação e defende o filho mais novo. Alberto e Ana se enfrentam em embates que vão da discussão ranzinza à cumplicidade amorosa, da agressividade ao bom humor. Bruna é o elemento de realidade – e de mal-estar, muitas vezes – que circula entre a inércia fantasiosa e paranóica de Henrique, o ciúme dos irmãos e a atitude protetora além da medida dos pais, especialmente Alberto."


*Realmente uma delicia ver os dois em cena; porém achei a peça com alguns momentos meio arrastados. Direção excelente, muito boa  as cenas de mudanças de tempo.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

hoje fui...



Tudo começou com um e-mail, enviado a 300 pessoas, com o seguinte enunciado: “Complete a frase: sozinho (a) no meu quarto, eu…”. A partir das respostas, a artista visual Elisa Pessoa criou “1/4”, uma videoinstalação que combina projeções de vídeo e cenografia. Contemplada com o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2010, a obra será apresentada ao público a partir de 19 de fevereiro na Galeria Mário Schenberg, no Complexo Cultural Funarte São Paulo.Dentro de um espaço de 4x4x3cm, a artista cria um ambiente que reproduz o interior de um quarto. Através de sensores e a partir da presença do espectador e da forma como ele se desloca e interage com o ambiente, as cenas se desenvolvem.
Como se dá a relação entre uma imagem e o espectador? O que acontece se o observador interagir com a personagem virtual? Ao trazer à tona essas questões, Elisa Pessoa retira o espectador de sua posição passiva e oferece a ele uma experiência única de interação com uma personagem virtual. Mesmo que o visitante não faça movimentos ou emita sons, ele será percebido e, de alguma forma, estará interferindo nas cenas.
Elisa Pessoa nasceu e vive no Rio de Janeiro. Estudou Ciências da Educação e Artes Plásticas na Universidade de Paris 8. Em 1997, iniciou seu trabalho com fotografia e super8. Durante oito anos, trabalhou em dupla com a bailarina e artista Celina Portella. Realizou exposições em galerias no Brasil e no exterior. Em 2009, foi residente por três meses no Centro Les Recollets, com a bolsa de Artes da Prefeitura de Paris.
“1/4”
Contemplada com o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2010
Abertura da exposição: 19 de fevereiro, às 11h
Horário de visitação: de segunda a domingo, das 14h às 22h (até 24 de abril)
Local: Complexo Cultural Funarte São Paulo – Galeria Mário Schenberg – Alameda Nothmann, 1058 –
Campos Elíseos – São Paulo – SP (entrada gratuita)
Informações: (11) 3662 5177



quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

hoje fui...

 PERTO DEMAIS – ARTE E PUBLICIDADE  VIRA EXPOSIÇÃO EM SP.

São obras produzidas com cartazes outdoor publicitários que são re-aproveitados. Com um perfurador de escritório as imagens vão sendo perfuradas e depois várias camadas são sobrepostas. Nestas “rendas de papel” – como disse o artista Daniel Escobar, criador da obra,  é possível visualizar o diálogo entre várias imagens, fazendo uma alusão ao processo de camadas deste circuito de publicidade que rapidamente cria grandes crostas de papel sobre as placas.



 Complexo Cultural Funarte São Paulo  / Galeria Flávio deCarvalho / Alameda Nothmann,  1058   / Campos Eliseos  São Paulo – SP

Exposição: 19 fevereiro a 24 abril de 2011  / Segunda a domingo 14 ás 22 hrs / Entrada gratuita / classificação etária livre

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Hoje fui ao teatro ver...

Quem Tem Medo de Curupira?
 Primeiro texto teatral do cantor Zeca Baleiro, que também assina a trilha sonora do espetáculo. Repleta de músicas populares e histórias do folclore brasileiro.
Chateados por não assustarem mais ninguém, Saci, Caipora, Boitatá, Curupira e Iara resolvem embarcar numa aventura e viajar até a cidade para descobrir porque as pessoas pararam de acreditar em sua existência. A partir daí, aparecem na trama um índio pop aculturado, um lenhador cético e um pé de jacarandá fugitivo. 

* Vi pela segunda vez. Show!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

frase do dia

Vou pegar um tijolo, escrever saudade, e jogar na tua cara pra você ver como dói!


*essa eu peguei do facebook,achei ótima!
foto by: Vivian Chagas

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A primeira impressão é a que fica.

Sem maiores preocupações com o vestir, o médico conversava descontraído com o enfermeiro e o motorista da ambulância, quando uma senhora elegante chega e de forma ríspida, pergunta:
- Vocês sabem onde está o médico do hospital?
Com tranqüilidade o médico respondeu: 
- Boa tarde, senhora! Em que posso ser útil? 
E ela, ríspida, retorquiu: 
- Será que o senhor é surdo? Não ouviu que estou procurando pelo médico?
Mantendo-se calmo, ele contestou: 
- Boa tarde, senhora! O médico sou eu, em que posso ajudá-la?! 
- Como?! O senhor?! Com essa roupa?!... 
- Ah, Senhora! Desculpe-me! Pensei que a senhora estivesse procurando um médico e não uma vestimenta... 
- Oh! Desculpe doutor! Boa tarde! É que... Vestido assim, o senhor nem parece um médico... 
- Veja bem as coisas como são... - disse o médico - ... as vestes parece não dizer muitas coisas, pois quando a vi chegando, tão bem vestida, tão elegante, pensei que a senhora fosse sorrir educadamente para todos e depois daria um simpaticíssimo "boa tarde!". 
Como se vê, as roupas nem sempre dizem muito...ou dizem tudo.
Mas a primeira impressão é a que fica!!! 

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Um Velho

No meio do café barulhento, debruçado 
sobre a mesa, um velho está sentado; 
com um jornal a sua frente, sem companhia
E no desdém de sua velhice mísera de agora 
pensa quão pouco aproveitou os anos de outrora 
em que tinha fluência, e beleza, e energia.


Percebe que envelheceu muito; sente, conhece. 
E contudo o tempo em que era jovem lhe parece 
ontem. Como o tempo passa, como o tempo passa!


E pensa em como a Prudência o enganou; 
e como - que loucura! - sempre lhe acreditou 
quando dizia; "Amanhã. Há tempo." - Que trapaça!


Lembra ímpetos que segurou; felicidade, 
quanta sacrificou. Cada oportunidade 
perdida de seu saber insensato graceja.


Mas de tanto refletir e recordar 
o velho tonteou. E agora dorme a sonhar 
no café recostado sobre a mesa.  


Konstantinus Kavafis (1897)

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Acabo de ver...

Uma raça extraterrestre chega à Terra com intenções aparentemente boas e pacíficas,só que lentamente começam a revelar suas verdadeiras intenções quanto mais enraizados na sociedade eles ficam.
V (2009) é um remake da ABC de outra série dos idos anos 80, que na altura gerou grande culto e marcou imenso quem a assistiu. Lembro-me de ter visto o episódio que a líder dos alienígenas engole o hamster vivo, mas só lembro disso e mais nada.
Acabo de ver a primeira temporada e já estou curioso para a segunda.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

tão curto o amor...tão longo o esquecimento.

"Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.
Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo. Isso é tudo.
Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.
Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo."



Pablo Neruda