quarta-feira, 27 de julho de 2011

Hoje fui ao teatro ver...

“Pai”, de Strindberg, que integra o projeto “7 Leituras, 7 Autores, 7 Diretores,” do SESC Consolação – Teatro Anchieta, concebido por Eugênia Thereza de Andrade.  
 Com direção de Iacov Hillel, a leitura traz no elenco Luiz Damasceno, Eliana Guttman, Érika Altimeyer, Sylvio Zilber, Giulio Lopes, Lílian Sarkis, Luciano Andrey e Davi Reis.
Linguagem das Leituras
A cada encontro um diretor convidado concebe sua leitura como um esboço de montagem usando marcação de cenas, com ambientação cenográfica, elementos de figurino, desenho de luz e música. Esta concepção criativa das 7 Leituras confere ao projeto originalidade e sucesso.
“Pai”, de Strindberg, aborda a família numa dinâmica neurótica onde a mãe, de forma cruel, exerce o poder sobre o marido, manipulando os afetos de todos que os cercam. A filha cujo desejo de realização profissional não é ouvida é transformada em objeto da disputa entre os pais. O enredo desencadeia-se culminando com o revelar da intensa agressividade da mãe sobre o pai. Strindberg constrói seus diálogos com esmero. Sua visão das mulheres é amarga e misógina; mesmo assim criou belos textos. É exemplar a percepção aguda do autor, dos conflitos afetivos que ocorrem no seio da família. A peculiaridade do talento de Strindberg faz de “Pai” uma peça de extrema atualidade. 
O autor
Johan August Strindberg, nasceu em Estocolmo em 22 de janeiro de 1849 e faleceu em 14 de maio de 1912. Foi ator e depois jornalista. Largou a universidade no 2º ano, vindo a se transformar num dos mais cultos intelectuais do Teatro. Possuía amplos conhecimentos de estética, ciências políticas e ciências. Foi ensaísta, poeta e grande pintor. Ao lado de Ibsen e Kierkegaard foi um dos maiores escritores escandinavos. É considerado um dos pais do teatro moderno.
Entre suas peças estão: ‘O Livre Pensador” (1869), “Pai” (1887), “Senhorita Julia” (1888), “Para Damasco” (1898 a 1904), precursora do teatro expressionismo que influenciou muitos teatrólogos alemães e “Play Strindberg”, no Brasil, “Seria cômico se não fosse trágico” é baseada na peça do autor “A Dança da Morte”. Ingmar Bergman, o genial diretor de cinema e teatro, foi o artista que mais o admirou; dirigiu quase todos os seus textos.
próximos textos:
23 de Agosto
Longa jornada noite adentro – Eugene O`Neill
27 de Setembro
Álbum de Família – Nelson Rodrigues
25 de Outubro
Festa de Família – David Eldridge
29 de Novembro
Rosa de dois Perfumes – Emilio Carballido
E o melhor de tudo : é GRÁTIS!
mais informações no site:
www.sescsp.org.br

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