sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Hoje fui ao teatro ver...

Palácio do Fim

O diretor José Wilker construiu uma encenação disposto a perturbar os espectadores, como se eles estivessem em um tribunal e fossem obrigados a analisar a postura do trio. Não amenizou a densidade das situações e reforçou a crueza das palavras. Desta forma, após os momentos de emoção, cada um sai do teatro apto a refletir sobre fatos tão recentes.

Baseada em relatos verídicos, Palácio do Fim apresenta três visões particulares sobre o drama iraquiano. O elenco formado por Antônio Petrin, Camila Morgado e Vera Holtz e a peça, escrita por Judith Thompson, um dos principais nomes do teatro canadense contemporâneo, descreve com precisão e intensidade a forma pela qual três vidas, mesmo em lados opostos de um conflito, podem ser modificadas e conectadas pela barbárie. Palácio do Fim, referência à antiga sede da câmara de tortura de Saddam Hussein, leva o público a observar como, nas mais diferentes culturas, a irracionalidade traça sempre o caminho da dor.

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